Antes de implementar estratégias mais elaboradas para manter o foco, é preciso garantir que temos clareza sobre aquilo que queremos ter foco.
Sem clareza, não há foco. Então, a coisa mais importante quando queremos encontrar e manter o foco é perceber se temos, ou não, clareza sobre aquilo em que nos queremos focar.
- Sei exatamente para onde quero ir?
- O que estou a tentar atingir com isto?
- Quais são os benefícios no que quero atingir?
- O que é que eu quero mesmo com isto?
Sem este tipo de clareza, os próximos passos não funcionam porque, se não sabemos o que é para focar, vamos focar-nos em quê? Vamos manter o foco em quê?
Portanto, após ter bem claro para onde estamos a ir, podemos implementar estas estratégias para manter o foco.
4 Estratégias Para Manter O Foco
1. Definir bem os objectivos
Há vários aspectos importantes a ter em conta quando falamos de objectivos:
- Para onde estamos a ir (qual o fim da linha nesta caminhada);
- Qual o processo para lá chegar;
- Estruturar o processo até ao objectivo de forma a conseguir segui-lo, como um mapa.
Não chega saber para onde estamos a ir.
Se não soubermos qual o processo para lá chegar, vamos andar às voltas, sem saber para onde seguir, e nem vamos chegar ao objectivo, nem vai existir foco. Assim, num objectivo, além de ter bem claro para onde estamos a ir, é essencial saber como será o processo e como vamos garantir que estamos a cumpri-lo.
- Por que etapas é necessário passar?
- Como vão estar espaçadas no tempo?
- Como vai cada etapa ser concretizada?
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2. Calendário: um grande aliado para manter o foco
Um calendário é essencial se queremos manter o foco e progredir.
Depois de ter os objectivos e o respectivo processo bem definidos, chega a fase de o pôr no calendário.
Então, este calendário serve para pôr lá as datas de cada etapa e tarefa, para ficar tudo organizado e para nos aparecer à frente, de modo a que nos lembre do que é preciso fazer.
Quando aquilo que é preciso fazer aparece à nossa frente, temos constantes lembretes do que é preciso fazer e isso direcciona a nossa atenção para o essencial.
Com esta ferramenta, temos o controlo do nosso progresso e se é preciso fazer ajustes.
Como resultado, há mais foco e mais produtividade.
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Step by step
É importante ter em conta que as tarefas devem estar o mais detalhadas e simples possível.
Se há objectivos mais pequenos dentro do grande objectivo, também é bom detalhar esse pequeno objectivo em tarefas simples de concretizar.
Desta forma, evitamos ficar assoberbados ao olhar para um prazo e sentir que é uma tarefa tão grande que não vamos conseguir.
Por exemplo: se tiver como objectivo arrumar a casa toda, pôr apenas no calendário a data em que a casa tem de estar toda arrumada é a melhor forma de não cumprir com o objectivo.
Arrumar a casa é um objectivo muito amplo, que pode abranger muitas coisas. Por isso, é tão amplo, que também é vago no seu significado.
Assim, se espalhar pequenas tarefas ao longo dos dias até ao dia final em que a casa tem de estar arrumada, será muito mais fácil sentirmo-nos capazes de completar cada tarefa.
É mais fácil pensar em arrumar a secretária do escritório num dia, em limpar a casa de banho noutro e em arrumar a dispensa noutro do que em arrumar a casa toda, não é?
Estamos a falar do mesmo objectivo mas, ao detalhá-lo em pequenas tarefas, torna-se mais atingível.
Além disso, ir completando tarefas activa a hormona da recompensa – a dopamina. Com esta hormona a ajudar, mais facilmente sentimos que estamos a fazer um bom trabalho (afinal de contas, só se recebe recompensa por algo que realmente se fez) e mantemo-nos motivados o tempo todo.
Não fossem já estas razões suficientes, o calendário também ajuda a cumprir os prazos: ao ter um lembrete no calendário a relembrar que é preciso ter algo pronto em determinada data e, se adiarmos o prazo, só nos mostrar que cada vez temos menos tempo para fazer a mesma quantidade de coisas, temos muito pouca vontade de adiar.
Em síntese, todas estas pequenas coisas, juntas, formam uma receita mágica para manter o foco, sem que isso exija muito esforço.
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Desenvolvimento pessoal
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Cada vez menos posto de lado, o desenvolvimento pessoal também pode dar o seu contributo no que toca a manter o foco.
Através desta poderosíssima ferramenta, podemos conhecer-nos melhor.
Ao saber quais as nossas melhores qualidades e quais as características que menos nos favorecem, por um lado, podemos melhorar o que pode ser melhorado e, por outro, podemos ajustar o nosso trabalho àquilo que nos faz mais sentido.
Isto significa que, ao ajustar o que precisa de ser feito, à nossa forma de trabalhar, elimina-se muito atrito desnecessário, visto que as coisas continuam a ser feitas, e até mais convenientemente.
Eventualmente, entramos num estado em que as coisas fluem de tal forma, que sentimos vontade genuína de fazer as coisas e, assim, não há como não manter o foco.
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3. Papéis em todo o lado
Um calendário já é uma ferramenta incrível a fazer as coisas aparecerem à nossa frente e lembrar-nos do que é preciso fazer.
Aliado a ela, nada melhor do que ter as coisas a aparecer à nossa frente, também fora do digital.
Escrever o que é preciso fazer, os nossos grandes objectivos, as nossas ambições, as nossas conquistas e afixá-las é como um amigo sempre a puxar-nos para cima.
Quando não está visível em lado nenhum, nem parece real mas, a partir do momento em que está em todo o lado, torna-se muito real.
A partir do momento em que as coisas estão sempre a aparecer à nossa frente, é muito mais fácil manter o foco, uma vez que aparece em todo o lado. Até já inconscientemente pensamos nos nossos objectivos.
Assim, é uma excelente ideia escrever em papéis ou autocolantes e afixar:
- Nas paredes
- No frigorífico
- Nas gavetas…
4. Tempo off (sim, também é uma estratégia para manter o foco!)
Boas notícias, não é? Ter um tempo off das coisas, aquele tempo em que não estamos a pensar no assunto e ficamos a pensar em outras coisas pode parecer contra-produtivo, mas não é.
Já te aconteceu estares há tanto tempo a trabalhar numa coisa e teres a sensação de que não está como queres, mas não perceberes onde podes fazer mudanças?
Há alturas em que estamos tão focados, que já vemos tudo e não vemos nada, ao mesmo tempo.
Nestas alturas, o ideal é fazer uma pequena pausa e libertar a mente deste tema.
Passado algum tempo, quando voltamos, identificamos perfeitamente o que falta, corrigimos e fazemos um brilharete.
Aliás, isto não tem de acontecer só quando já estamos com muito cansaço mental.
Se tirar tempo off for uma prática regular, evitam-se os momentos em que estamos a puxar por nós e já não sai nada. Momentos que se tornam monótonos e em que a mente começa a adormecer. Simplesmente, não chegamos a esse estado de cansaço.
Além disso, tirando tempo off, acabamos por poupar tempo: quando estamos a trabalhar, estamos a trabalhar; quando estamos a descansar, estamos a descansar.
Como resultado, evitamos estar a (tentar) fazer uma coisa e a pensar noutra e, deste modo, o que fazemos é muito mais produtivo, uma vez exige menos revisões.
Em resumo: definir objectivos, calendarizar esses objectivos, tarefas e processo, pôr papéis em todo o lado e tirar tempo off é a receita perfeita para manter o foco.
Mas lembra-te: isto só resulta se já tiveres clareza sobre aquilo em que queres ter foco.
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