Parece que todos os anos caímos na mesma armadilha. À medida que se aproxima o novo ano, começamos a fazer planos e mais planos. Ainda nem chegámos a fevereiro e já não sabemos como fazer as resoluções de novo ano durar.

A passagem para um novo ano põe qualquer um introspectivo. Com passas, ou sem passas, à medida que vão dando as 12 badaladas, pensamos que o ano que nos bate à porta vai ser “o” ano.

Mas, à medida que o ano vai passando, parece que algo em nós muda, volta tudo ao mesmo e lá se foram os planos.

As resoluções de novo vão por água abaixo pelo mesmo motivo que só desejamos um bom ano novo em janeiro.

Quando entramos no mês de fevereiro, torna-se estranho desejar um novo ano às pessoas.

Já não é assim tão novo, deixou de ser novidade, agora é só ano.

Ou seja, passou a magia da novidade e voltamos às rotinas antigas.

Se queremos que uma nova rotina dure e perdure, temos de a fazer à prova de novidade.

 

  • Mais do que escrever objectivos, transformá-los num plano detalhado.

O primeiro passo, é, definitivamente, escrever objectivos. Mas, não é o único passo importante.

Além de escrever objectivos, é preciso tranformá-los em algo estruturado.

É preciso:

  • Detalhar bem como vai ser feito

Dificilmente temos vontade de fazer alguma coisa se nos sentirmos sem rumo.

É importante saber onde queremos chegar e ainda mais importante determinar como vamos lá chegar.

Sem isto, sentimo-nos num labirinto, desesperadamente à procura do caminho certo. Vemos o tempo a passar e pouco ou nenhum progresso fizemos.

Alguns pontos chave para detalhar o plano são:

    • Quais são as metas intermédias
    • Quando acontece cada uma delas
    • O que é preciso fazer para cada uma delas acontecer
    • Quem nos pode ajudar

 

Vídeo "Como Fazer Um Plano De Acção Infalível" na comunidade do Facebook.
Pede adesão aqui para teres acesso ao vídeo.

 

  • Perceber porque é que vai funcionar

Depois do plano detalhado e escrito, é preciso garantir que vamos querer olhar para ele, senão fica no papel, arrumado numa gaveta (ou perdido numa pasta qualquer no computador).

A melhor forma de querer fazer algo é reconhecer nesse algo um benefício. Assim, a melhor forma de garantir que vamos querer olhar para o plano é esclarecer porque vai funcionar.

    • Capacidades que temos e nos trazem mais perto do objectivo
    • Conquistas anteriores semelhantes
    • Benefícios que surgem da mudança (e que benefícios surgem desses benefícios)
    • Quem nos vai dar apoio e motivação para continuar

 

  • Afixar num sítio visível

Não há desculpas.

Já sabemos para onde vamos, porque vai funcionar, já queremos olhar para o plano, agora falta pôr o plano à nossa frente.

Quando afixamos os nossos objectivos em zonas que frequentamos com regularidade, estamos a lembrar-nos constantemente dos nossos objectivos.

Como ignorar uma vida melhor se ela continua a aparecer-nos à frente do nariz e a perguntar “o que é que já fizeste hoje para me tornar real?”

Isto significa que cada vez que olhamos para o nosso objectivo é como se nos lembrássemos de toda a motivação inicial que nos levou a construir o plano. Ao fazer isso, essa motivação aparece de novo, como que combustível a fazer-nos continuar em jogo.

 

Feliz Ano Novo

 

  • Comprometer-nos (connosco e com outros)

O factor-chave para fazer um plano ir do início ao fim é o compromisso. A partir do momento em que estamos comprometidos connosco e com o nosso sucesso, não somos capazes de parar. Parar significaria mais um dia num sítio que não gostamos e menos um dia a caminho da nossa conquista. A certa altura, isso já nem nos passa pela cabeça.

Ainda assim, há alturas de maior insegurança em que não somos capazes de nos comprometer connosco. Nestas alturas, a solução são compromissos externos.

Quando nos comprometemos com outras pessoas a cumprir objectivos, além fazermos as coisas por respeito a essas pessoas, elas representam um amigo a dar-nos a mão e a puxar-nos para cima até conseguimos andar por nós próprios.

Há 3 formas de conseguir obter este compromisso externo:

  • Pede a um amigo que acompanhe as tarefas que precisas de fazer
  • Junta-te a um grupo que te puxe para cima

Fazer parte de comunidades que têm o objectivo de crescimento contínuo, de apoio mútuo e empoderamento, como a comunidade Agentes de Motivação, são excelentes sítios para encontrarmos uma força motivadora proveniente de pessoas que nos compreendem, que também têm as suas batalhas e que podem partilhar as suas experiências.

Pede adesão à comunidade para fazeres parte de um ambiente potenciador.

  • Pede ajuda a um profissional que te possa ajudar directamente e de forma personalizada como, por exemplo, um coach.

Podes falar comigo através do Messenger, carregando aqui.

 

  • Pesar os lados

Por outras palavras, pôr os prós e os contras numa balança e analisar o resultado.

O melhor de tudo é que, se os prós nos incentivam a mexer, os contras ainda incentivam mais:

  • Analisar o benefício maior desta nova vida

Não serve de nada fazer um plano estruturado se não sabemos para que o estamos a fazer.

Ninguém faz coisas que não quer.

Também não fazemos as coisas só porque sim.

Só temos realmente vontade de fazer alguma coisa se estiver bem claro para quê, essa é a melhor forma de nos motivarmos.

Além disso, os benefícios de fazer algo são tão importantes que merecem ser bem analisados e relembrados várias vezes. Afinal de contas, uma boa parte da motivação para agir surge da clareza das nossas acções e é crucial para conquistar objectivos.

Então, para o plano ser bem-sucedido, é importante saber o que nos leva a querer mudar, os benefícios que daí surgirão e, além disso, o que mais se torna possível, indirectamente, com a nossa mudança.

  • Perceber o que acontece se desistirmos

Se idealizar uma vida melhor já começa a dar-nos vontade de agir, nada como perceber o que acontece se desistirmos (ou nos deixarmos ficar igual) para nos fazermos à estrada.

Como continuamos a queixar-nos de algo, a querer melhor, frustrados, desconectados da nossa essência, se sabemos que depende de nós estar num sítio do nosso agrado?

 

  • Dominar a aversão à mudança

O desconhecido tem tendência a inquietar qualquer um. Habitualmente, preferimos estar num ambiente conhecido, fazer coisas que já nos são conhecidas e obter resultados que já nos são conhecidos.

Normalmente, esta preferência termina quando entramos na fase em que este conhecido começa a incomodar-nos seriamente: quando sentimos que estagnámos e que podíamos estar bem melhor se fizéssemos umas mudanças.

Ainda assim, existe sempre atrito na altura de pensar em fazer mudanças para durar. Assim que começamos a pensar em sair da nossa caixa, entra o receio relativamente ao desconhecido.

 

Artigo relacionado: “3 factores que nos impedem de mudar"

 

Mas, mais uma vez, a mudança torna-se muito mais fácil e, até, desejada, quando temos bastante claro para onde estamos a caminhar e os benefícios que nos esperam no destino.

Diminui-se o receio, aumenta-se a percepção do benefício, a motivação fica em altas.

A consequência de tudo isto?

Resoluções de novo ano que duram 365 dias.

 

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